terça-feira, outubro 31, 2006

SOL
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Brilhar para sempre
brilhar como um farol
brilhar com brilho eterno
gente é pra brilhar
que tudo mais
va pro inferno
este
é o meu slogan
e o do sol

Maiakovski

sexta-feira, outubro 27, 2006

PARA REFLETIR
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Era uma vez quatro pessoas que se chamavam Todo Mundo, Alguém, Qualquer Um e Ninguém.
Havia um importante trabalho a ser realizado e Todo Mundo acreditava que Alguém irira executá-lo.
Qualquer Um poderia fazê-lo, mas Ninguém o fez.
Alguém ficou aborrecido com isso, porque entendia que sua execução era responsabilidade de Todo Mundo.
Todo Mundo pensou que Qualquer Um poderia executá-lo, mas Ninguém imaginou que Todo Mundo não faria.
Conclusão: Todo Mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito.

PS= Acho que essa é a essência da Administração Pública no Brasil...

quinta-feira, outubro 26, 2006

A MORTE ABSOLUTA
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Morrer sem deixar o triste despojo da carne,
A exangue máscara de cera,
Cercada de flores,
Que apodrecerão - felizes! - num dia,
Banhada de lágrimas
Nascidas menos da saudade do que do espanto da morte.

Morrer sem deixar porventura uma alma errante...
A caminho do céu?
Mas que céu pode satisfazer teu sonho de céu?

Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra,
A lembrança de uma sombra
Em nenhum coração, em nenhum pensamento,
Em nenhuma epiderme.

Morrer tão completamente
Que um dia ao lerem o teu nome num papel
Perguntem: "Quem foi?..."

Morrer mais completamente ainda,
- Sem deixar sequer esse nome.

Manuel Bandeira

terça-feira, outubro 24, 2006

PENA DE MORTE?
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O julgamento de Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, considerado o maior assassino em série brasileiro reacende uma velha e conturbada polêmica: a questão da pena de morte. Francisco é acusado de ter exterminado a vida de 42 crianças com idades de 9 a 15 anos, no Maranhão e no Pará, entre 1991 e novembro de 2004, quando foi preso.

Ao ser interrogado no plenário do júri, afirmou que sofreu abuso sexual de um empregado de sua avó quando era pequeno. A estratégia da defesa é evitar que Francisco cumpra a sanção no Presídio, empregando a tese da inimputabilidade (o agente não compreende plenamente que sua conduta é criminosa), que se for aceita pelos jurados terá como conseqüência a prolação de sentença absolutória (art. 26 do Código Penal e art. 386, inciso V, do Código de Processo Penal), e a aplicação de medida de segurança (art. 97 do CP, e art 386, parágrafo único, inciso III do CPP). No caso específico de Francisco, a comprovação da ausência de sanidade mental depende de laudo psiquiátrico.

Que tipo de monstro se vale da sua superioridade de forças para atacar, violentar e emascular (extirpar ou retirar o órgão sexual) crianças indefesas? A primeira pergunta que todos se fazem é por quê?

Por que tantas mortes?

Que terrores existem ou não nos recônditos da mente de um assassino deste jaez? Prazer de matar? O gosto pelo sangue? Maldade? Desprezo pela vida humana, em especial a dos infantes?

O fato deste monstro ter sido abusado sexualmente quando era menor não pode ser usado como desculpa para o não cumprimento de eventual pena (ou ainda medida de segurança).

Deveria o Estado adotar a pena de morte para casos como este, ou a prisão perpétua se revelaria mais adequada?

A pena de morte resolveria a onda de violência que assola o país? Diminuiria a taxa de criminalidade? Faria o delinqüente pensar duas vezes antes de cometer o ilícito? Seria ela uma medida válida ou apenas uma forma do Estado se vingar do criminoso?

Certo é, no entanto, que este ser maligno e desprezível deverá passar o resto de sua vida sem a menor possibilidade de voltar ao convívio da sociedade.

domingo, outubro 22, 2006

O POETA DA MORTE
"Falas de amor e eu ouço tudo e calo!
O amor na humanidade é uma mentira
É e é por isso que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo"
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Augusto dos Anjos (1884 - 1914) viveu pouco, mas deixou marcas profundas em sua breve pasagem pela Terra. Morreu prematuramente aos 29 anos de idade. Deixou apenas um livro "Eu", no qual a morte, o sofrimento e a melancolia são temas recorrentes. Talvez tenha sido nosso poeta mais original, mas está longe de ser uma unanimidade. Amado por alguns e odiado por outros, sua obra escandalizava os críticos da época, e ainda hoje causa aversão a muita gente. Assim como outros iluminados, jamais teve o reconhecimento que merecia em vida.
Estou postando seu poema mais conhecido, e o que mais gosto. Genial.

VERSOS ÍNTIMOS

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

sexta-feira, outubro 20, 2006

O DESPREZO COMO ARMA
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Somos torturados diariamente
Somos humilhados, espezinhados e chamados de otários
Tentam nos escravizar com promessas
Tentam nos enganar com números que não refletem a realidade
Podem ludibriar as massas ignorantes
Podem iludir os fracos
Podem comprar os miseráveis
Porém decoro, honra e indignação
São qualidades de poucos
Mas que juntos podem transformar-se em muitos
Com força e coragem para mudar
Não acredite em tudo que te dizem
Não creia em tudo o que lê
Não confie em tudo o que vê
Pergunte, indague, mas nem sempre espere respostas sinceras
E se persistirem em te afligir, despreze-os...

"Nem ao golpe do chicote, nem a voz do insulto, nem ao rumor de minhas cadeias aprendi a odiar, deixe-me desprezá-los, já que não posso odiar a ninguém".
José Martí (1853 – 1895)

PS= Manifesto o meu “desprezo político” através do voto nulo. Sei que podem não concordar, sei que podem falar que não é a solução, mas não posso compactuar com aqueles em quem não acredito. É uma questão de consciência.

quinta-feira, outubro 19, 2006

A VINGANÇA DA NATUREZA

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O nível do mar avança. Aqui na Baixada Santista, o mar está engolindo a Praia do Gonzaginha, em São Vicente. A Praia do Góes, no Guarujá, está desaparecendo. Em Santos, as constantes ressacas marinhas insistem em derrubar as muretas de proteção na Ponta da Praia, e a maré avança sobre a avenida.

As chuvas constantes em alguns lugares do mundo causam catástrofe e destruição, como na Ilha de Creta, na Grécia, onde, nesta semana, automóveis foram arrastados para o fundo do oceano.

Tornados, furacões, tempestades violentam impiedosamente diversas cidades do mundo. Poluição da atmosfera causada pelas indústrias químicas e congêneres. Derramamento de óleo no mar com nefastas conseqüências para os mangues, fonte de reprodução de diversas espécies marinhas. Indústrias que extraem minério do solo escavam imensos buracos onde antes havia montanhas.

O desmatamento coloca a Amazônia em perigo. Especialistas afirmam que a Hiléia Verde poderá sofrer um processo de “savanização” e virar cerrado. Animais ameaçados de extinção avançam sobre as urbes em busca de alimento, pois seu ambiente natural foi devastado. Dias atrás uma onça parda foi capturada na região metropolitana de Belo Horizonte.

O aquecimento global cobra seu preço... Nunca, em tão pouco tempo, na história da humanidade, o clima sofreu tantas mudanças, causado pelas (más) ações do homem.

Nos últimos anos, com o avanço da tecnologia, a empreitada de estragos ao meio ambiente tem se tornado cada vez mais funesta.

Em breve tudo estará terminado, e nada restará para ser explorado ou morto, e só então começará a real vingança da natureza. Por enquanto estamos diante de demonstrações de fúria, cólera... avisos que o ser humano teima em ignorar.

A desforra virá quando só pudermos contemplar a paisagem nua, onde antes havia vegetação. Quando os leitos dos rios secarem devido ao desmantelamento da mata ciliar. Quando os peixes começarem a desaparecer por força dos dejetos jogados no oceano. Quando as espécies silvestres extinguirem-se por completo, pois o homem as “desapropriou” de seu habitat. Quando o ar estiver tão carregado de CO2 que será impossível respirar. Quando não houver mais o canto dos pássaros.

Quando só restarem sobre a face da terra as cicatrizes desta tortura diária contra a Natureza, não haverá mais vida, não haverá mais alegria, apenas trevas e desolação, e arrependimento, mas será tarde demais...

Todo o mal que o homem faz retorna para ele, o bem, contudo, é enterrado com seus ossos, já disse Shakeaspere, em alguma de suas peças. Apesar de não gostar desta frase, começo a pensar que ela é verdadeira... Verdadeiramente triste.

terça-feira, outubro 17, 2006

O MALUCO, ALÉM DE BELEZA TAMBÉM ERA PUNK

Estava lendo “O Baú do Raul Revirado”, e, apesar de nunca ter sido “punk”, no verdadeiro sentido do termo, identifiquei-me totalmente com este escrito do Maluco Beleza. Afinal de contas, com tanta “podreira” acontecendo no país, é difícil não ser “punk”!
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Amanheci determinado a mudar
Agora vou ser punk até apodrecer
Apodrecer pra incomodar
Com meu mau cheiro empesteando seu jantar
Eu sou punk, nojento, e mais,
Eu quero é matar minha vovozinha
Botar veneno na cerveja do meu pai
Não acredito mais em nada
Vou cuspir na cara da empregada
Eu sou punk
Nojento, vulgar demais.

É... como dizia Raulzito: É pena eu não ser burro não sofria tanto...

segunda-feira, outubro 16, 2006

EPITÁFIO II

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“Que o meu espírito voe livre em direção ao Sol nascente.

Que ele seja a comprovação de que não trilhei estas paragens em vão.

Aprendi e ensinei, sofri e me alegrei, sorri e chorei.

Tive esperança, mesmo quando a dor da perda e da desolação apossou-se de meu coração.

Fui corajoso, porém, e não me deixei desanimar ou me abater nesta longa jornada que culmina nos portais que levam ao descanso eterno.

Jubilo-me, agora, com as manifestações de pesar pela minha ausência.

Estancai as lágrimas, no entanto, pois este humilde espírito fundiu-se com a uma e indivisível divindade suprema. Sou um, faço parte do todo e estou em todos os lugares.

Que o meu espírito habite por toda a eternidade no coração daqueles que amei.

Que o meu espírito seja lembrado por meus adversários, pois jamais esquecerei deles: ensinaram-se o valor de cada batalha travada.

Que o meu espírito seja como uma ave migratória para voar e sempre voltar a este lugar que tanto amei...

Que toda a essência divina que brilha e arde dentro do espírito elevado seja a glória e a virtude para sempre e sempre”

quinta-feira, outubro 12, 2006

ENTRE O DIABO E O COISA RUIM
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A frase não é minha, mas cabe como uma luva no atual momento político brasileiro. Lula ou Alckmin? Confesso que não sei quem é o pior. Andei meio desanimado para escrever sobre política, e por isso faz tempo que não o faço. Estou preferindo coisas um pouco mais espirituais, ou literárias, para não esquentar a cachola.

Porém, hoje não resisti... Acordei de mau humor e quando isso acontece, volto-me contra essa corja que se convencionou denominar políticos.

O fato é que nenhum dos dois candidatos a presidente irá representar a mudança que o País necessita.

Lula por ter tido a oportunidade de mudar o país (lembram da choradeira pós posse? Ele chegou a me enganar por um breve período), mas, aliando-se aos maus, e acovardando-se, quedou-se inerte, e como dizia meu avô, “meteu os pés pelas mãos”. Um homem que ainda fala em “elite” mesmo quando seu patrimônio já deixou de equivaler ao da classe média, não pode ser levado a sério. Não vou falar dos escândalos sucessivos que permearam seu governo, pois acho que nessa parte ele deu azar, ou até nisso incompetência, ou vocês pensam que o governo FHC foi diferente?

Alckmin, um verdadeiro banana. Um dos responsáveis pela falta de segurança pública do Estado de São Paulo. Refém de uma pseudo-organização criminosa, por sua culpa e dos incompetentes antes dele – do mesmo partido – assistiu, impassível, delinqüentes tomarem conta das ruas do maior Estado da República. Claudicante nas sucessivas rebeliões da FEBEM, e indeciso na última greve do Judiciário Paulista (com o Covas já havia tido outra anos antes) que durou quase três meses e acumulou a Justiça de processos, prejudicando milhares de pessoas, merece estar no PSDB, sempre em cima do muro...

Propostas ou Histórias da carochinha? Tudo igual. Sempre mais do mesmo...

Quando virá alguém disposto a mudar as estruturas deste país, hoje digno de fazer parte do continente africano? Mudar de verdade, com um plano definido. Alguém que se disponha a acabar com privilégios. Alguém que não somente faça as leis necessárias para o término desta corrupção maldita que açoita o povo, mas acima de tudo, efetive o modo pelo qual elas possam ser cumpridas.

Alguém que faça valer a Constituição. Passados mais de dezoito anos da promulgação da Lei Máxima da Nação, direitos e garantias fundamentais nela previstos ainda continuam no papel.

Alguém que faça funcionar, efetivamente, a rede pública de saúde. Alguém que valorize a educação, mas não somente pense em construir escolas, mas acima de tudo, valorize o professor.

Alguém que invista em pesquisa e incentive a indústria nacional. Alguém que priorize o desenvolvimento regional, de modo que todos os Estados da Federação possam se desenvolver plenamente.

Alguém que além de pensar em dar o peixe, ensine a pescar. É possível! Mas não com estes dois que estão aí...

A que ponto chegamos. Triste fim...

Nem vou falar do VOTO NULO, já está tudo perdido mesmo! Cada um que vote no diabo que quiser.

Agora só podemos rezar. Afinal, nossas crianças mereciam um futuro melhor. Nossa Senhora nos ajude...

quarta-feira, outubro 11, 2006

PROCURA-SE
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Jesus de Nazareth, Galileu, 33 anos, pele morena, barba e cabelo aos estilo hippie, cicatrizes nas mãos e nos pés. É acompanhado por leprosos, mendigos e um bando de desvalidos e perseguidos. Escandaliza as massas com frases tão revolucionárias como: "Amai-vos uns aos outros" e "Perdoai os teus inimigos". Se o encontrares... segue seus passos.

terça-feira, outubro 10, 2006

WILLIAM BLAKE

Escritor, pintor e gravador, foi um dos primeiros poetas românticos ingleses. Nasceu em Londres em 1757 e faleceu em 1827. "Cantos de Inocência", "Cantos de Experiência" e "O Matrimônio do Céu e do Inferno" (no qual se encontra o famoso "Os Provérbios do Inferno"), são alguns de seus livros mais conhecidos. Apesar do talento para as letras e artes, jamais teve o reconhecimento que merecia em vida, tendo passado grande parte desta na pobreza.

Estou postando seu poema mais conhecido, considerado uma verdadeira obra prima, na tradução de Angelo Monteiro.
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O Tigre

Tigre, tigre que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?

Em que longínquo abismo, em que remotos céus
Ardeu o fogo de teus olhos ?
Sobre que asas se atreveu a ascender ?
Que mão teve a ousadia de capturá-lo ?
Que espada, que astúcia foi capaz de urdir
As fibras do teu coração ?

E quando teu coração começou a bater,
Que mão, que espantosos pés
Puderam arrancar-te da profunda caverna,
Para trazer-te aqui ?
Que martelo te forjou ? Que cadeia ?
Que bigorna te bateu ? Que poderosa mordaça
Pôde conter teus pavorosos terrores ?

Quando os astros lançaram os seus dardos,
E regaram de lágrimas os céus,
Sorriu Ele ao ver sua criação ?
Quem deu vida ao cordeiro também te criou ?

Tigre, tigre, que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão, que olho imortal
Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?

Blake na Wikipédia

Abaixo, duas pinturas de Blake: "O número da Besta é 666" e "O Onipotente"

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domingo, outubro 08, 2006

IMAGENS DE UM MUNDO CRUEL

Esta foto ganhou o prêmio Pulitzer de 1994. Tirada no Sudão, no mesmo ano, mostra uma criança faminta rastejando num campo de refugiados das Nações Unidas. Ao fundo vemos um abutre esperando a criança morrer. Kevin Carter, o fotógrafo, cometeu suicídio quatro meses depois...
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Você já imaginou que em algum lugar do mundo, enquanto você lê este post, esta cena pode estar se repetindo?
Enquanto isso, "zilhões" de dólares são gastos em armamento...

“O MISTÉRIO ENVOLVE O MEU DESTINO POR TODOS OS LADOS”

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Ontem fez 157 anos que um dos maiores gênios da literatura mundial morreu. Não é fácil descrever o que significou e significa o trabalho de Edgar Allan Poe. Se eu pudesse traduzir os seus escritos em uma só palavra, esta seria: excepcional! Jamais, excetuando-se o breve período que se seguiu ao lançamento do poema “O Corvo”, obteve sucesso durante sua vida, mas pouco tempo após sua morte seu trabalho já era considerado fenomenal.

Até em seu leito de morte não deixou de ser poeta. Em suas palavras finais, delirante, disse: “As abóbadas do céu esmagam-me! Deixem-me ir embora! Deus escreveu legivelmente os seus decretos nas frontes das criaturas humanas... Os demônios apoderam-se de um corpo... Eles têm por cárcere as vagas turbilhonantes do mais negro desespero. Já entrevejo o abismo... Onde ficou a lama, a miséria? A calma eterna... sumiram-se as margens!” E nesta hora, volta a cabeça para o médico e suspira: “Que o Senhor venha em socorro da minha pobre alma...” E logo expira. Era madrugada de 7 de Outubro de 1849, e o mundo perdia, sem saber ainda, um de seus maiores escritores.

Poe nunca foi como os outros...

“Eu não fui desde a infância jamais semelhante aos outros. Nunca vi as coisas como os outros as viam. Nunca logrei apaziguar minhas paixões na fonte comum, nem tampouco extrair dela os meus sofrimentos. Nunca pude em conjunto com os outros despertar o meu peito para as doces alegrias. E quando eu amei fi-lo sempre sozinho. Por isso na aurora de minha vida tempestuosa evoquei como fonte de todo o bem e todo o mal o mistério que envolve, ainda e sempre, por todos os lados, o meu cruel destino: Da torrente ou da fonte, do penhasco vermelho da montanha, da luz dourada do Sol de outono que me conforta, do raio que passa por mim no céu, do trovão e da tempestade, e da nuvem que toma forma – quando o resto do firmamento estava azul. Tudo é extraordinário aos meus olhos”.

Edgar Allan Poe (*1809 + 1849)

“Quid mihi divitiae languore consorte,
Quid thesauri proderunt si opprimar morte”

Descanse em paz Mestre!

sexta-feira, outubro 06, 2006

OS OLHOS SÃO O ESPELHO DA ALMA
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"Afora o teu olhar nenhuma lâmina me atrai com o seu brilho"
Maiakovsky

EDGAR ALLAN POE

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Este ano faz 157 anos que Poe morreu. Nascido em 1809, faleceu em 1849. Quando se fala em Edgar Allan Poe, imediatamente vem à cabeça sua obra prima, e mais conhecida pelo público, o poema “O Corvo”. Mas não é só. Contos como “O gato preto”, “A queda da casa de Usher”, “William Wilson”, “Ligeia”, entre outros, primam pela excelência da narrativa e originalidade das idéias. Inventou o conto policial com “Os crimes da Rua Morgue”. Além das poesias e contos, escreveu também trabalhos críticos – O princípio poético, A filosofia da composição e O racional do verso – nos quais discorre sobre sua crença de liberdade poética. Alcoólatra e atormentado, sua obra espelha as próprias angústias. “O mundo em que vivia era uma terra de sonhos, de tormentos, de espectros trágicos, de terrores fantásticos, de paisagens febris, de pássaros agourentos, de hediondas formas rastejantes”, escreveu sobre ele Brenno Silveira. Dotado de fértil imaginação, seus temas preferidos eram as coisas sobrenaturais, espectros, fantasmas, em suas histórias há sempre o toque da morte, principalmente quando a personagem principal é uma bela mulher, cujo destino, invariavelmente está ligado a um fim próximo e trágico. As narrações de seus contos, gênero no qual era mestre, falam por si...

Estou postando um conto pouco conhecido de Poe, mas que impressiona pela narrativa e ritmo. É um de meus preferidos. Espero que gostem!

SILÊNCIO
UMA FÁBULA

Os cumes das montanhas estão adormecidos;
os vales, os penhascos e as cavernas estão silenciosos

Álcman

“Escuta-me – disse o Demônio, pondo-me a mão sobre a cabeça – O país de que te falo é uma região lúgubre, na Líbia, nas margens do rio Zaire. Aí não existe nem paz nem silêncio.

“A águas do rio tem um tom doentio de açafrão; e não correm para o mar, mas fervilham para todo o sempre sob o olhar vermelho do Sol, com um movimento tumultuoso e convulsivo. Por muitos quilômetros das suas margens pantanosas se estende um pálido deserto de gigantescos nenúfares. Anelantes, suspiram uns para os outros, nesta solidão, e erguem para o Céu os seus enormes colos fantasmagóricos e inclinam para um lado e para outro as suas corolas perineais. De entre eles sai um rumor indistinto, semelhante ao correr de águas subterrâneas. E suspiram uns para os outros...

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“Mas tem uma fronteira, o seu império – o limite da escura, terrível e majestosa floresta. Ai, tal como as ondas em torno das ilhas Hébridas, as plantas rasteiras estão em constante agitação. Mas no céu não há vento. E as árvores altas e prístinas baloiçam-se num eterno vaivém, com um poderoso e impressionante estrépito. E das suas altas copas caem, uma a uma, gotas de orvalhos eternos. E a seus pés retorcem-se flores venenosas num sono agitado. E por sobre as suas copas, com um murmúrio intenso, as nuvens plúmbeas correm céleres para o ocidente, para a eternidade, até rolarem, como em catarata, por cima do muro ardente do horizonte. E não há vento no céu e nem paz nem silêncio nas margens do Rio Zaire.

“Era noite e a chuva caía; e caindo era chuva, mas caída era sangue. E eu estava no pântano entre os nenúfares gigantescos e a chuva caia sobre a minha cabeça – e os nenúfares suspiravam uns para os outros na solenidade de sua desolação.

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“E, de repente, a Lua irrompeu através do tênue véu da neblina funérea, e era de cor vermelha. E os meus olhos fixaram-se numa rocha cinzenta que se encontrava na margem do rio e era iluminada pela luz da Lua. E a rocha era cinzenta e sinistra e alta – e a rocha era cinzenta. E havia caracteres gravados na pedra; e eu caminhei pelo pântano de nenúfares até me aproximar da margem, de modo a poder ler os caracteres escritos na pedra. Mas não os consegui decifrar. E ia regressar ao pântano quando a Lua brilhou com um vermelho intenso e eu voltei-me e olhei novamente para a rocha e para os caracteres – e os caracteres diziam: Desolação.

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“E olhei para cima e estava um homem no topo da rocha; e escondi-me entre os nenúfares para ver o que o homem fazia. E o homem era alto e imponente e envolvia-o, dos ombros aos pés, uma toga da velha Roma. E eram indistintos os contornos de sua silhueta – mas o seu rosto era o rosto de uma divindade, porque, não obstante o manto da noite, e da neblina, e da Lua, e do orvalho, os seus traços fisionômicos eram visíveis. E a fronte era a fronte altiva do pensador e os olhos estavam nublados pelas preocupações; e nas poucas rugas da face li as efabulações do tédio, do cansaço e do desgosto pela humanidade e de um anseio veemente de solidão.

“E então o homem sentou-se na rocha, e apoiou a cabeça nas mãos e olhou a desolação em sua volta. Dirigiu o seu olhar para os arbustos eternamente inquietos, e para as enormes árvores prístinas, e mais para o lato, para o céu sussurrante, e para a Lua cor de sangue. E eu, encoberto pelos nenúfares, observava o que ele fazia. E na sua solidão o homem tremia, e a noite avançava e ele continuava sentado na rocha.

“E desviando a sua atenção do céu, o homem contemplou o lúbubre Zaire, e as águas lívidas e amarelas e a legião de pálidos nenúfares. Escutava os suspiros dos nenúfares e o murmúrio que vinha de entre eles. E eu continuava no meu esconderijo e observava o que o homem fazia. E o homem tremia na solidão; a noite continuava a avançar e o homem permanecia sentado na rocha.

“Depois desci aos mais remotos recessos do pântano, e deambulei pelo deserto de nenúfares e chamei pelos hipopótamos que moram nos pauis, nos recônditos escaninhos dos pântanos. E os hipopótamos ouviram meu chamamento, e vieram até à rocha e rugiram alto e assustadoramente sob a luz da Lua. E eu continuava no meu esconderijo e observava o que o homem fazia. E o homem tremia na solidão, e a noite continuava a avançar e o homem permanecia sentado na rocha.

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“Maldisse os elementos com a maldição do tumulto; e então formou-se uma medonha tempestade no céu, onde, antes, não havia o mínimo sopro de vento. E o céu ficou lívido com a violência da tempestade; e a chuva caia sobre a cabeça do homem; e desceram as enxurradas do rio; e o rio, torturado, rompia em espuma; e os nenúfares rangiam nos seus caules; e a floresta agitava-se ao vento; e o trovão ribombava; e os raios faiscavam; e a rocha tremia até à raiz. E eu mantinha-me no meu esconderijo e observava o que o homem fazia. E o homem tremia na sua solidão, e a noite avançava e o homem permanecia sentado na rocha.

“Irritado, maldisse com a maldição do silencia, maldisse o rio, e os nenúfares, e o vento e a floresta, e o céu e o trovão e os suspiros dos nenúfares. Então emudeceram e ficaram imóveis. E a Lua cessou a sua lenta caminhada nos céus – e o trovão extinguiu-se e o raio não cintilou mais, e as nuvens ficaram estáticas, e as águas recolheram ao seu leito e quedaram-se, e as arvores cessaram de abanar, e os nenúfares já não suspiravam, e de entre eles já se não houvia o murmúrio, nem qualquer sombra de som em todo o vasto e infindável deserto. E olhei então para os caracteres da rocha e tinha mudado, e lia-se: Silêncio.

“Fixei o meu olhar no rosto do homem, e o seu rosto estava pálido de terror. E apressadamente ergueu a cabeça de entre as mãos e alçou-se sobre a rocha e escutou. Mas não havia qualquer voz no vasto e infindável deserto e os caracteres sobre a rocha diziam: Silêncio. E o homem estremeceu e voltou as costas, e fugiu para longe, apressadamente, e nunca mais o vi”.

Encontram-se belos contos nos livros de magia, nos melancólicos e aferrolhados livros dos mágicos. Aí, digo eu, existem histórias gloriosas do Céu e da Terra e do Mar portentoso - e dos gênios que governam o Mar e a Terra e o Céu sublime. Há muita sabedoria também nas palavras que foram ditas pela sibila; e sagradas coisas foram escutadas em tempos remotos pelas folhas sombrias que tremiam em redor de Dodona – mas, tão certo como Alá estar vivo, considero a fábula que o Demônio me contou, sentado a meu lado na sombra do túmulo, a mais maravilhosa de todas! E quando o Demônio a acabou de narrar, caiu na profundidade do túmulo e ria. E eu não consegui rir com o Demônio, e ele amaldiçoou-me porque eu não conseguia rir. E o lince que habita por toda a eternidade no túmulo saiu dele e deitou-se aos pés do Demônio, e olhou-me fixamente no rosto.

quinta-feira, outubro 05, 2006

A EDUCAÇÃO DE CRASSO
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O texto a seguir, atribuído a J. R. Torero (apesar de ter pesquisado, não pude confirmar a fonte) foi retirado do site www.bethynha.com.br, e resolvi postá-lo para demonstrar que desde a antiguidade até hoje o modo de fazer política é o mesmo. As lições são as mesmas...

"Alipio Crasso foi governador da Beócia durante o reinado de Trajano. De sua grande popularidade ficaram registros em cartas de Plinio, o Novo, e desenho em azulejos com a inscrição : "Crasso nos governa, somos felizes".

Recentes escavações no Estreito de Bósforo resgataram um baú com estatuetas do jovem Crasso sendo educado por seu pai, Lupilio. Sabe-se que eram vendidas e o povo as estimava, colocando-as ao lado das figuras dos deuses nos santuários caseiros.

As estatuetas fizeram renascer a discussão acerca do papel de Lupilio na educação do seu adoradissimo filho. Educação não apenas guerreira ou moral, mas principalmente política. Com isso, foi revalorizado um texto que vinha saciando apenas os cupins. Falo dos "Apontamentos para a Política e Governo dos Homens", escrito por Lupilio durante o cerco dos Quados.

Trata-se de um texto muito valioso, e diz a tradição que Crasso o seguiu à risca nos seus quarenta e seis anos à frente dos negócios beócios, em que, segundo o poeta Euriano, "O sol não abrasava/ O vento não destruía/ A chuva não castigava/ Assim era cada dia".

Vale a pena rever essa lição de sabedoria política que deve estar na gaveta de muito político moderno :

"Meu filho, quando nasceste e vi teu olhar pálido e idiota pendurado no centro da enorme e desproporcional cabeça, não pude dar-te outro nome que não o de Crasso. Porém, convencido de que a pedagogia corrige a natureza, desde cedo preparei-te para a profissão em que os imbecís são honrados : a política.

Agora que Ernulfo está à morte e fostes escolhido governador, medita uma vez mais nessas lições. Garanto que serás amado por uns, temido por outros e respeitado por todos :

1) Faze obras grandes e vistosas sem te perguntar pela utilidade delas. Esquece os esgotos, lembra-te das pontes. Um mísero arco na rua do estádio vale mais que a porção de trigo de cem camponeses famintos.

2) Sai às ruas, discute com o vendedor de pães, ralha com os cobradores de impostos. Lembra-te que eles são odiados e é bom que pareças ser inimigo deles.

3) Rebatiza tudo e assim pensarão que tudo é obra tua. Não ergueu Ernulfo as Termas do Monte ? Pois bem, manda fazer ali duas estátuas e põe dois soldados à porta; depois muda-lhe o nome para Termas da Lua ou Termas de Trajano. Em dois anos todos pensarão que tu mesmo os fizestes. Em três, estarão chamando-as de Termas de Crasso.

4) Apega-te a coisas mesquinhas. Se pensares nas guerras, nas estradas e nos granários, em que serás diferente dos outros que vieram antes de ti ? Legisla sobre as túnicas dos moços, discute a ferradura ideal para os cavalos, faze leis sobre o consumo de fumo, proibe as mulheres de beberem mais de dois copos de vinho nas saturnais. Um pai pensa nos estudos do seu filho, mas também preocupa-se com a queda de sua franja.

5) Vai aos jogos, ordena trombetas à tua entrada e à tua saída, chega sempre um quarto de hora depois do horário aprazado

6) Ernulfo vai às guerras e regressa de boa saúde. Nunca cometas semelhante estupidez. Volta com um ferimento e, por pequeno que seja, exibe-o no mercado.

7) Aprende a retórica e esmera-te na arte de nada dizer.

8) Sempre que encontrares um pedinte, tortura-o com a descrição das tuas infelicidades. Faze-o crer que tens inveja da liberdade que os deuses graciosamente lhe deram. Convence-o de que a vida no palácio é toda cheia de crimes, aleivosias e conspirações. Os pobres gostam de pensar que são mais felizes do que os ricos e assim se sentirem superiores a eles. Com um punhado de lágrimas ganharás não só a sua simpatia, mas também a sua compaixão.

9) Calçaste uma rua ? Toca tambores e chama o circo. Nunca inaugures nada em silêncio e modéstia.

10) Segue os usos e costumes de Roma, manda trazer os vasos do último gosto, faze crer a todos que és refinado e conheces as maneiras da mesa de Trajano. Dize sempre : "Em Roma se faz assim", ou "Essa é a maneira como eles fazem isto". Assim os que te ouvirem pensarão que tens amizades com os patricios.

OBS= A Beócia não melhorou muito no governo de Crasso, mas os beócios o adoravam"

PS= qualquer semelhança com nossos políticos não é mera coincidência... E aproveitando o ensejo, parabéns aos quase seis milhões (5.957.207) que me acompanharam e votaram nulo. Ainda conseguiremos nosso intento, não desistam!


quarta-feira, outubro 04, 2006

PEQUENO DICIONÁRIO DE POLÍTICA

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Sempre achei que parábolas são a melhor forma de ilustrar uma idéia. Resolvi, então, adaptar este pequeno dicionário que circula pela net em inglês.

Feudalismo: Você tem duas vacas. Seu senhor fica com uma parte do leite.

Socialismo puro: Você tem duas vacas. O governo confisca as duas, e as coloca num celeiro junto com as outras vacas confiscadas. Você tem que tomar conta de todas, junto com todos os outros que tiveram as vacas confiscadas. O governo te dá o leite que você necessita.

Socialismo burocrático: Você tem duas vacas. O governo confisca as duas e as coloca num celeiro junto com as vacas de todo mundo, que serão tratadas por ex-criadores de frango. O governo determina que você cuide dos frangos. O governo te fornece todo o leite e ovos quanto o regulamento diz que você precisa.

Comunismo puro: Você tem duas vacas. Seus vizinhos te ajudam a tratar delas, e todo o leite é dividido.

Comunismo cubano: Você tem duas vacas. Você tem que tratar delas, e o governo fica com todo o leite.

Comunismo do Camboja: Você tem duas vacas. O governo desapropria as duas e ainda te da um tiro na cabeça.

Ditadura: Mesmo que você não tenha duas vacas, o governo te prende e te tortura pra revelar onde elas estão. Depois desaparecem com você.

Democracia pura: Você tem duas vacas. Seus vizinhos decidem quem irá beber o leite.

Democracia representativa: Você tem duas vacas. Seus vizinhos escolhem alguém que irá decidir quem irá beber o leite.

Anarquia: Você tem duas vacas. Ou você vende o leite a um preço justo, ou seus vizinhos tentam pegar as vacas e te matar.

Burocracia: Você tem duas vacas. Primeiro o governo regula com o que você vai alimentá-las e quando você pode ordenhá-las. Depois paga para que você não as ordenhe. Então abate uma e vende a carne. Ordenha a outra, e joga o leite fora. Por fim requer que você preencha o formulário esclarecendo o desaparecimento da vaca morta.

Surrealismo: Você tem duas girafas. O governo requisita que você conte quantas bananas sobraram depois que os elefantes fugiram voando.

terça-feira, outubro 03, 2006

CONGRESSO INTERNACIONAL DO MEDO, Carlos Drummond de Andrade

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Provisoriamente não cantaremos o amor,

que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.

Cantaremos o medo, que estereliza os abraços,

não cantaremos o ódio, porque este não existe,

existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,

o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,

o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,

cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,

cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.

Depois morreremos de medo

e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

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segunda-feira, outubro 02, 2006

CLODOVIL FARÁ TERNO PARA A POSSE DE MALUF...
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Só nesse País mesmo! O mais votado é o "rouba, mas faz"... o mal é eterno! A eleição do Clodovil eu já esperava. Brasileiro adora votar em "celebridade". É lugar garantido, principalmente no Legislativo. Não me surpreende também que envolvidos em escândalos, como o Valdeco do PL, tenham conseguido voltar à Câmara. Collor também voltou (argh!). Nem vou comentar dos mensaleiros, nem vou escrever mais nada, sei lá, não sei...
Perdi a fé na humanidade... Faz tempo!
VERGONHA!

PS= à todos aqueles que me acompanharam e votaram NULO, nossas sinceras homenagens, pois não participamos e não compactuamos com essa corja toda que está no poder!

domingo, outubro 01, 2006

EPITÁFIO

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Que... não se saiba de minha morte

Nem se sofra por minha causa,

E que eu não seja enterrado em solo consagrado,

E que nenhum sacristão venha a dobrar o sino,

E que a ninguém se peça que veja meu cadáver,

E que ninguém me acompanhe em funeral,

E que não se plantem flores em minha sepultura,

E que ninguém me recorde,

A isso subscrevo.

Thomas Hardy, poeta e escritor inglês