CORAÇÃO E SANGUE
Quero teu sangue
Teu líquido vital
Que me ilumina
Que me aquece
Que impede meu final
Quero teu coração
Pulsante e inquieto
Vermelho de dor
Na dor da paixão
Ou no amor astral
quinta-feira, março 29, 2007
segunda-feira, março 19, 2007
O CISNE NEGRO
Hoje faz 109 anos que faleceu um de nossos maiores poetas simbolistas, Cruz e Sousa.
João da Cruz e Sousa nasceu a 24 de novembro de 1861, em Florianópolis, vindo a falecer de tuberculose, em Minas Gerais, a 19 de março de 1898.
Em seus pouco mais de 36 anos de existência, este negro, filho de escravos, conheceu apenas misérias, agústias e sofrimento. Publicou dois livro em vida, Missat e Broquéis (1893) e, por diligência dos amigos, após sua morte foram publicados Evocações (1898), Faróis (1900), e Últimos sonetos, em 1905.
Discriminado e incompreendido durante a vida, teve o merecido reconhecimento de público e crítica apenas depois de morto.
DILACERAÇÕES
Ó carnes que eu amei sangrentamente,
Ó volúpias letais e dolorosas,
Essências de heliotropos e de rosas
De essência morna, tropical, dolente...
Carnes virgens e tépidas do Oriente
Do sonho e das Estrelas fabulosas,
Carnes acerbas e maravilhosas,
Tentadoras do sol intensamente...
Passai, dilaceradas pelos zelos,
Através de profundos pesadelos
Que me apunhalam de mortais horrores...
Passai, passai, desfeitas em tormentos,
Em lágrimas, em prantos, em lamentos,
Em ais, em lutos, em convulsões, em dores...
Sua obra completa pode ser acessada em Cruz e Sousa e Cruz e Sousa, vida, obra e memória
Descanse em paz Mestre!
Hoje faz 109 anos que faleceu um de nossos maiores poetas simbolistas, Cruz e Sousa.
João da Cruz e Sousa nasceu a 24 de novembro de 1861, em Florianópolis, vindo a falecer de tuberculose, em Minas Gerais, a 19 de março de 1898.
Em seus pouco mais de 36 anos de existência, este negro, filho de escravos, conheceu apenas misérias, agústias e sofrimento. Publicou dois livro em vida, Missat e Broquéis (1893) e, por diligência dos amigos, após sua morte foram publicados Evocações (1898), Faróis (1900), e Últimos sonetos, em 1905.
Discriminado e incompreendido durante a vida, teve o merecido reconhecimento de público e crítica apenas depois de morto.
DILACERAÇÕES
Ó carnes que eu amei sangrentamente,
Ó volúpias letais e dolorosas,
Essências de heliotropos e de rosas
De essência morna, tropical, dolente...
Carnes virgens e tépidas do Oriente
Do sonho e das Estrelas fabulosas,
Carnes acerbas e maravilhosas,
Tentadoras do sol intensamente...
Passai, dilaceradas pelos zelos,
Através de profundos pesadelos
Que me apunhalam de mortais horrores...
Passai, passai, desfeitas em tormentos,
Em lágrimas, em prantos, em lamentos,
Em ais, em lutos, em convulsões, em dores...
Sua obra completa pode ser acessada em Cruz e Sousa e Cruz e Sousa, vida, obra e memória
Descanse em paz Mestre!
sexta-feira, março 09, 2007
AINDA ESTOU VIVO!
Foto: Defensor, no "estilo" Fernando Pessoa
Saudações,
Após uma ausência forçada, estou de volta.
Eu deveria ter postado ontem, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, mas não pude fazê-lo.
Então, faço esta homenagem tardia, remetendo as leitoras ao post O Elogio à Deusa, que trata justamente da beleza e força feminina. E aproveitando o ensejo, mando uma poesia inédita.
Amar
Inspiração
Origem e fim
Arrebatar
Pulsação
Desejo ardente
Boca sedenta
Corpos que se encontram
Na cama, na rua
Em qualquer lugar
Harmonia
Atração
Intenso viajar
Possuir e não ter
Abraço apertado
Dor e prazer
Bater do coração
Olhos que pedem
União
Semente que nasce
Eternidade
Despertar
Única razão
Foto: Defensor, no "estilo" Fernando Pessoa
Saudações,
Após uma ausência forçada, estou de volta.
Eu deveria ter postado ontem, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, mas não pude fazê-lo.
Então, faço esta homenagem tardia, remetendo as leitoras ao post O Elogio à Deusa, que trata justamente da beleza e força feminina. E aproveitando o ensejo, mando uma poesia inédita.
Amar
Inspiração
Origem e fim
Arrebatar
Pulsação
Desejo ardente
Boca sedenta
Corpos que se encontram
Na cama, na rua
Em qualquer lugar
Harmonia
Atração
Intenso viajar
Possuir e não ter
Abraço apertado
Dor e prazer
Bater do coração
Olhos que pedem
União
Semente que nasce
Eternidade
Despertar
Única razão
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