quarta-feira, agosto 16, 2006

VIRTUDES

Ontem à noite estava lendo um livro de filosofia. Chama—se “O Pequeno Tratado das Grandes Virtudes”, de André Comte-Sponville. Aliás, estava relendo, pois já o li há algum tempo. Nele, o autor discorre sobre 18 virtudes: polidez, fidelidade, prudência, temperança, coragem, justiça, generosidade, compaixão, misericórdia, gratidão, humildade, simplicidade, tolerância, pureza, doçura, boa-fé, humor e amor.

Não que essas virtudes possam ser ensinadas, a não ser pelo exemplo, como ele mesmo faz questão de frisar, mas ao expor o porque do livro, sustenta que este seria útil para ajudar a compreender o que deveríamos fazer, ou ser, ou viver... pelos menos intelectualmente.

Sobre a virtude, no preâmbulo do livro, assim se manifesta o autor: “É uma força que age, ou que pode agir. Assim a virtude de uma planta ou de um remédio, que é tratar, de uma faca, que é cortar, ou de um homem, que é querer e agir humanamente. Esses exemplos, que vêm dos gregos, dizem suficientemente o essencial: virtude é poder, mas poder específico. A virtude do heléboro não é o da cicuta, a virtude da faca não é a da enxada, a virtude do homem não é a do tigre ou da cobra. A virtude de um ser é o que constitui seu valor, em outras palavras, sua essência própria: a boa faca é a que corta bem, o bom remédio é o que cura bem, o bom veneno é o que mata bem...”

Sempre gostei de definições, geralmente não paramos para pensar no significado das coisas. Gosto particularmente quando o autor fala que virtude é poder... desta forma, posso emendar que ter poder não é ter virtude. Deveriam distribuir esse livro no Congresso Nacional...

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